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Seagri aposta na policultura para incrementar produção sem onerar os custos na zona rural de Campina Grande

Projeto em parceria com a Embrapa vai transferir tecnologia e oferecer capacitação aos agricultores por meio da primeira unidade demonstrativa implantada no Distrito de Catolé de Boa Vista.



Um acordo de parceria firmado entre a Secretaria de Agricultura de Campina Grande (Seagri) e a Embrapa Algodão vai oferecer aos agricultores familiares deste Município meios para a prática da policultura, técnica agrícola que consiste no cultivo consorciado de espécies variadas em uma mesma área. Uma unidade demonstrativa para esta finalidade já está em funcionamento no Sítio Lucas, região do Distrito de Catolé de Boa Vista.

Após identificarem as potencialidades daquela área, os técnicos envolvidos com o projeto concluíram que é possível cultivar de forma consorciada itens como Gergelim, amendoim, algodão, milho, feijão, palma e fava. O processo é agroecológico e orgânico, no caso do algodão.
Com esta iniciativa, a Prefeitura de Campina Grande e a Embrapa objetivam promover a extensão rural e a disseminação da ciência, seja por meio da transferência de tecnologia e/ou capacitação pessoas, considerando ainda a importância de estar disponível e acompanhando os agricultores, para que o grau de interação entre eles seja traduzido em aumento da produção agrícola e no incremento da renda de suas respectivas famílias.

 

Assim como vem acontecendo na região de Catolé de Boa Vista, levantamentos serão realizados para identificar as potencialidades agrícolas dos distritos de São José da Mata e Galante, para que se possa saber quais as culturas que irão se adequar nessas áreas do Município de Campina Grande. Estudos para verificar as variáveis sobre o impacto financeiro e social provenientes dessas atividades também estão sendo feitos pelos protagonistas do projeto.

Segundo a doutora Jussara Costa, representante da Seagri no projeto, todo o plantio e manejo buscam ser o mais próximo possível da realidade, principalmente no que se refere à parte financeira e, ainda, vale ressaltar que todas as ações são inteiramente livres de venenos, como forma a priorizar a saúde humana e a preservação do meio ambiente.

A ideia de aumentar o leque e introduzir novas culturas consorciadas ao algodão tem como propósito diversificar a produção e melhorar a renda no campo, pois, além da segurança alimentar dos agricultores, ainda irá promover a permanência desses homens e mulheres em suas respectivas terras, diminuindo o êxodo rural.
Em razão da certificação que é dada ao algodão orgânico, as outras culturas plantadas em consórcio com o algodão orgânico terão valor agregado e garantia de produtos de qualidade.
Essa parceria Seagri-Embrapa é apoiada também pelo Instituto Casaca de Couro. Por ser um projeto que está alinhado com a filosofia do instituto, de apoio aos agricultores, com incentivo ao cultivo orgânico e diversificado, primando pelo bem estar humano e ambiental, além de apoiar a manutenção dos homens e mulheres no campo, de forma digna.

Participam do projeto, representado a Embrapa, oo doutores Miguel Barreiro (coordenador desse acordo de cooperação pela Embrapa), Jaime Vasconcelos, Roseane Santos e Lúcia Helena Avelino. Pela Seagri participam a doutora Jussara Costa (coordenadora do acordo de cooperação), e os técnicos agrícolas Ronaldo Gomes e Hugo Almeida.

O secretário da Agricultura de Campina Grande, Renato Gadelha, respaldado pelo prefeito Bruno Cunha Lima, está viabilizando todos os meios possíveis para que o projeto alcance o sucesso desejado.

Codecom

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