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Música e poesia de luto: Pinto do Acordeon morre aos 72 anos



 

A Paraíba perde mais um filho ilustre, o forró perde um grande nome, morre Francisco Ferreira Lima, o famoso Pinto do Acordeon. Instrumentista, cantor, compositor e político brasileiro.

Pinto nasceu em Conceição no Vale do piancó, sertão paraibano no dia 19 de fevereiro de 1948, ele tinha 72Xanos, era casado com Madalena e tinha 06 filhos.

Pinto Mudou-se para a cidade de Patos nos anos 60.

A música lhe gerou interesse desde a infância e ele também é aficionado por acordeão instrumento em que se tornou um virtuoso, ficou conhecido desde quando fazia parte das apresentações com a trupe de Luiz Gonzaga o “Rei do Baião”, período em que ganhou notoriedade da música nordestina e que produziu músicas que estão presentes até hoje nos festejos juninos brasileiros. Gravou seu prim

eiro LP em 1976, gravou em torno de vinte álbuns de sua autoria (entre CDS E LPS), compôs músicas para Elba Ramalho, Genival Lacerda, Dominguinhos, Fagner, Os 3 do Nordeste e Trio Nordestino.

Um dos sucessos de Pinto “Neném Mulher”, ficou consagrada na voz de Elba Ramalho e foi tema da telenovela Tieta. Em 2008, foi para o Festival de Montreux, Suíça, onde realizou sua apresentação junto ao lado de outros artistas brasileiros, entre os quais Gilberto Gil, Elba Ramalho, Milton Nascimento, Chico César, Flávio José, Aleijadinho de Pombal, e Trio Tamanduá.

 

 

Política

Pinto foi eleito vereador em João Pessoa e cumpriu seu mandato de 1993 a 1997

Homenagem

O cantor paraibano Pinto do Acordeon foi reconhecido com o título “Mestre das Artes Canhoto da Paraíba”. O título de Mestre das Arte’ foi criado pela Lei Estadual º 7.694, conhecida como Lei Canhoto da Paraíba. Ela é uma homenagem ao músico Francisco Soares de Araújo, conhecido como Canhoto da Paraíba, que morreu em 2008. O objetivo é proteger e valorizar os conhecimentos, fazeres e expressões das culturas tradicionais paraibanas.
Por meio do Registro no Livro de Mestres das Artes (REMA), as pessoas que contribuem há mais de 20 anos com atividades culturais na Paraíba recebem o título de “Mestres e Mestras”, ao terem suas artes reconhecidas. O Conselho Estadual de Cultura (Consecult/PB) e o Governo da Paraíba são responsáveis pela publicação do edital que atualiza a lista. De acordo com o documento, o título é oferecido para pessoas que fazem a cultura popular, em áreas como dança, brincadeira, música, folguedo, arte visual e outras atividades, e que por tradição oral receberam e repassam para as novas gerações.

O último edital da Lei Canhoto da Paraíba foi publicado em 2017. E foi justamente com base nele que Pinto do Acordeon foi escolhido. Com a concessão do título, os Mestres e Mestras das Artes recebem o reconhecimento da arte, e também um valor correspondente a dois salários mínimos mensais como forma de amparar suas atividades.
Francisco Ferreira Lima, o Pinto do Acordeon, nasceu no município de Conceição, no Sertão paraibano. Se tornou popular a partir de apresentações que realizava junto a trupe de Luiz Gonzaga. Ele gravou cerca de 20 álbuns durante a carreira. ‘Neném Mulher’ é uma das músicas mais conhecidas do repertório.
Recentemente, a obra dele se tornou Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado da Paraíba, após uma lei ser aprovada na Assembleia Legislativa do estado.

Pinto do Acordeon morre na madrugada desta terça-feira (21), aos 70 anos, vítima de um câncer. De acordo com o filho dele, Mô Lima, Pinto estava internado no Hospital da Beneficiência Portuguesa, em São Paulo, desde janeiro, onde faleceu.

O corpo do músico será velado na cidade de João Pessoa, em um cemitério privado, e enterrado no município de Patos, no Sertão paraibano. A previsão é queo corpo chegue em João Pessoa por volta das 16h.

Por Nena Martins

(Jornalista, amiga e conterrânea)

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