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Em compasso de espera: Paraíba só terá vacinas para aplicação de primeira dose no fim de semana



Os municípios da Paraíba deverão passar toda a semana sem poder aplicar a primeira dose da vacina contra a covid-19 em novos grupos da população e deverão manter o calendário de aplicação da segunda dose e a vacinação de grávidas e puérperas.

O problema é que está faltando imunizantes para a aplicação. Antes, o Ministério da Saúde enviava lotes de vacinas sempre às quarta-feiras, mas agora, nas últimas semanas, passou a enviar às sextas-feiras e em dias desordenados, dependendo da entrega de fabricantes.

O secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros, revelou ao programa Correio Debate (rádio 98.3 FM), edição desta terça-feira, que a expectativa é que a Paraíba receba 75 mil doses da vacina AstraZeneca na sexta-feira. A distribuição deve ocorrer no dia seguinte, permitindo aos municípios retomarem a vacinação do público entre 35 e 45 anos, conforme a situação de cada cidade, ainda no sábado ou no domingo.

Está previsto ainda o recebimento de 38 mil doses da vacina do Butantan na segunda-feira e 12 mil doses da Pfizer entre segunda e terça-feira. Como sempre, as doses serão distribuídas aos municípios no dia seguinte.

Em relação à vacina da Janssen, de aplicação em dose única, a informação do Ministério da Saúde é a de que novas doses só serão entregues em setembro.

Estoque reversa

O secretário Geraldo Medeiros informou que abriu discussão com os secretários municipais de Saúde sobre a disponibilização de um estoque de 235 mil doses de vacinas do tipo AstraZeneca que a Secretaria de Saúde tem de reserva. A discussão é sobre se o estoque deve ser destinado para a aplicação de primeiras doses ou se para antecipação de segundas doses, na perspectiva de encurtamento do prazo de 12 semanas que é cumprido até agora. A decisão é colegiada e a Secretaria de Saúde aguarda a votação.

Nada racional

Sobre a ideia de antecipação da aplicação da segunda dose da AstraZeneca, o secretário Geraldo Medeiros se mostrou contrário. Citando estudos da Universidade de Oxford e epidemiologistas, Medeiros sustenta que os benefícios são maiores com a aplicação no prazo de 12 semanas e que, portanto, não existem razões para mudanças.

Outro tema em discussão é sobre a vacinação dos adolescentes de 12 a 17 anos. O secretário Geraldo Medeiros avalia que, diante da escassez de vacinas, o melhor é seguir o plano de imunização dos grupos que correm mais riscos de contrair o vírus e precisar de hospitalização ou vir a óbito.

( Josival Pereira)

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