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COVID-19: Bruno questiona bandeira amarela para Campina Grande e nas redes sociais discorda do goverrno estadual

Prefeito também confirma participação de videoconferência na tarde deste domingo com o governador João Azevedo e representantes de vários órgãos, e exibe dados que demonstram controle local da doença e a penalização da cidade por receber pacientes das regiões mais críticas do Estado

Através de sua conta na rede social Twitter, o prefeito Cunha Cunha Lima se manifestou, na noite deste sábado, 6, sobre o anúncio do Governo do Estado de que Campina Grande ingressou na bandeira laranja, mais restritiva. Além de confirmar participação numa videoconferência com o governador João Azevedo, na tarde de hoje, Bruno lança questionamentos sobre a decisão, reafirma condição de controle local da pandemia e deixa claro que Campina está sendo penalizada por fazer o dever de casa e estar atendendo pacientes de outras regiões críticas do Estado.

– Recebemos pacientes de outras cidades com muito orgulho. Como disse, estamos de portas abertas para ajudar. Essa é uma marca registrada das pessoas de Campina. Mas, sinceramente, não podemos ser penalizados por estarmos ajudando nossos irmãos de outras cidades. Qual o sentido? – critica Bruno Cunha Lima.

Penalidade injusta

O prefeito campinense diz ser inegável a fase mais crítica da pandemia, não apenas na Paraíba, mas no Brasil, como também não pode negar que medidas mais urgentes precisam ser tomadas no sentido de conter o avanço da doença e, consequentemente, a superlotação dos leitos e o número de mortes.

– Mas, também não se pode negar que, aqui em Campina, desde o início de tudo, estamos fazendo todos os esforços para garantir tratamento público de qualidade e em quantidade suficiente para atender aos pacientes infectados pelo novo coronavírus. Basta ver os números da cidade – contemporiza o prefeito, reforçando que a Prefeitura tem tomado todas as decisões de forma discutida com a cidade, debatidas e construídas com as pessoas que fazem Campina. “Editamos decreto, ampliamos a fiscalização, multamos e interditamos estabelecimentos e estamos ampliando leitos de UTI. Nada disso é fácil, mas fazemos”, reforça o gestor.
Números reveladores

O prefeito também registra que, nos últimos dias, o Hospital das Clínicas, gerido pelo Governo do Estado, recebeu diversos pacientes de todo o estado e chegou a 100% de ocupação dos leitos de UTI. Segundo o boletim oficial divulgado, apenas 17,9% dos pacientes internados naquele hospital são de Campina Grande.

Segundo Bruno, na noite deste sábado, o Hospital Municipal Pedro I estava com 48% de ocupação das UTI. Nos últimos 15 dias, foram internados (enf+UTI) 117 pacientes, dos quais 69 eram de Campina Grande. Os outros 48 vieram de cidades espalhadas por todo o estado. “Nunca negamos vagas. Queremos ajudar”, afirma o prefeito.

Assegurando que a Prefeitura de Campina Grande vai receber pacientes até o limite do possível, “sem comprometer a atenção aos campinenses”, como foi no caso dos pacientes de Manaus, o prefeito cobra “respeito e colaboração dos outros entes, sobretudo do Governo do Estado”.

Videoconferência deste domingo

Na videoconferência da tarde deste domingo, Bruno Cunha Lima assegura que não vai politizar a discussão, mas já avisa: “Também não posso deixar de defender a cidade, defender o direito de quem está seguindo as regras e cumprindo as medidas sanitárias. Campina está numa situação diferenciada porque fazemos nossa parte com planejamento e eficiência”.

Participarão também da videoconferência o prefeito Cícero Lucena, de João Pessoa, além de representantes do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado.

Tweets do Prefeito Bruno

Conforme já se esperava, a nova classificação dos municípios por bandeiras feita pelo Governo do Estado rebaixou #Campina para a cor laranja, o que, em tese, imputaria à cidade as medidas restritivas adotadas pelo Governo no decreto publicado na última semana.

Por dever de transparência, informo que fui convidado pelo Governador João Azevedo para participar de uma videoconferência amanhã à tarde, junto de órgãos como o MPF, MPPB, TCE e a PMJP.

É inegável que estamos vivendo uma fase mais crítica da pandemia, não apenas na #Paraíba, mas no Brasil. É inegável, também, que medidas mais urgentes precisam ser tomadas no sentido de conter o avanço da doença e, consequentemente, a superlotação dos leitos e o número de mortes.

Mas, também não se pode negar que, aqui em #Campina, desde o início de tudo, estamos fazendo todos os esforços para garantir tratamento público de qualidade e em quantidade suficiente para atender aos pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Basta ver os números da cidade.

Hoje à noite, estamos com 48% de ocupação das UTI’s do Hospital Municipal Pedro I. Nos últimos 15 dias, internamos (enf+UTI) 117 pacientes, dos quais 69 eram de #Campina. Os outros 48 vieram de cidades espalhadas por todo o estado. Nunca negamos vagas. Queremos ajudar!

Repito! Queremos ajudar e estamos dispostos a receber pacientes até o limite que pudermos, sem comprometer a atenção aos campinenses, como fizemos com os pacientes de #Manaus. Mas, pra isso, precisamos do respeito e da colaboração dos outros entes, sobretudo do Governo do Estado.

Todas as nossas decisões aqui em Campina são discutidas com a cidade, debatidas e construídas com as pessoas que fazem Campina. Editamos decreto, ampliamos a fiscalização, multamos e interditamos estabelecimentos e estamos ampliando leitos de UTI. Nada disso é fácil, mas fazemos.

Nos últimos dias, o Hospital das Clínicas, gerido pelo Governo do Estado, recebeu diversos pacientes de todo o estado e chegou a 100% de ocupação dos leitos de UTI. Segundo o boletim oficial divulgado, apenas 17,9% dos pacientes internados naquele hospital são de #Campina.

Recebemos pacientes de outras cidades com muito orgulho. Como disse, estamos de portas abertas para ajudar. Essa é uma marca registrada das pessoas de #Campina.

Mas, sinceramente, não podemos ser penalizados por estamos ajudando nossos irmãos de outras cidades. Qual o sentido?

Repito! Qual o sentido de rebaixar #Campina de bandeira pelo fato de nossos leitos estarem ocupados por pacientes que vieram ser socorridos na cidade? Se quiserem nos ajudar, ajudem a fiscalizar ainda mais o comércio, os restaurantes, os campos de futebol, os bares, as igrejas.

Não quero e não vou politizar essa discussão, mas também não posso deixar de defender a cidade, defender o direito de quem está seguindo as regras e cumprindo as medidas sanitárias.

Campina está numa situação diferenciada porque fazemos nossa parte com planejamento e eficiência.

Amanhã, depois da videoconferência, devo me pronunciar oficialmente sobre o caso trazendo mais detalhes da nossa opinião. Participarei do encontro com o espírito desarmado, mas consciente da responsabilidade de representar #Campina em um momento tão delicado.

#Deus nos abençoe!

Prefeito Bruno Cunha Lima

(CODECOM)



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