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Campanha de imunização contra Poliomielite entra na última semana em Campina Grande

Município intensificou as ações de vacinação, mas a procura ainda é considerada baixa.

A vacinação é voltada às crianças menores de 5 anos de idade. A vacina contra a Poliomielite é administrada em três doses: aos dois meses, aos quatro e aos seis meses de vida, com dois reforços com 15 meses e, depois, aos 4 anos de idade. Na campanha, todas as crianças na faixa etária de 1 até menores de 5 anos de idade devem ser levadas aos pontos de vacinação para receberem uma dose extra de reforço, mesmo que estejam com o cartão atualizado. Já as crianças menores de 1 ano devem atualizar ou iniciar o esquema vacinal inicial.

O município de Campina Grande possui 22.117 crianças na faixa etária adequada para o recebimento da vacina da poliomielite e a meta é imunizar 95%, porém, os dados oficiais apontam que apenas 2.663 crianças receberam o imunizante, cerca de 11% do público-alvo. Após o término da campanha, a vacina volta a ser aplicada apenas como vacinas de rotina, sem a dose extra.

Uma das novidades no acesso à vacina é a abertura da Casa da Vacina, que funciona todos os dias das 8h às 20h, inclusive aos finais de semana, visto que a campanha se encerra no domingo. O local funciona em um anexo do Hospital Municipal Pedro I e também é referência para imunização de pessoas alérgicas a componentes do imunizante, já que a aplicação nestes casos deve ser feita em ambiente hospitalar.

“Realizamos um dia D e fizemos a vacinação em creches e escolas. Tivemos a prorrogação, estamos indo aos sítios, abrimos a Casa da Vacina, mas apelamos para que os pais levem seus filhos aos pontos de vacinação nessa reta final para receberam essa dose extra de proteção para evitar o desenvolvimento da paralisia infantil”, disse a coordenadora municipal de Imunização, Samira Luna.

O objetivo da campanha é impedir a reintrodução da doença no Brasil, que também é denominada como paralisia infantil ou pólio, e que causa a paralisia flácida, com acometimento dos membros inferiores de forma assimétrica e irreversível. O último caso registrado no Brasil foi em 1989, na cidade paraibana de Sousa. No ano passado, o país foi classificado como região de alto risco para o ressurgimento da doença em alerta da Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC) 4.

Existe a vacina VOP, por via oral, e a VIP, inativada. A partir do segundo semestre, a vacina oral, que é administrada com duas doses de reforço, será substituída por uma vacina VIP. Nesta campanha, a vacina VOP ainda está sendo utilizada. A vacina protege contra dois sorotipos da Poliomielite, evitando a paralisia infantil, e a eficácia é de até 95%.

Codecom

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