
“Reinado de Buega”, que durou 30 anos, foi alvo de críticas do presidente Cassiano Pereira, que está à frente da entidade há um ano e quatro meses
A gestão da FIEPB – Federação das Indústrias do Estado da Paraíba era feita com e para um grupinho. A declaração é do atual presidente da entidade, empresário Cassiano Pereira (foto), que está há um ano e quatro meses à frente do órgão.
Ele reuniu a imprensa nesta terça-feira (9) num café da manhã na sede da federação e fez um balanço da gestão. Como destaque, uma constatação: na FIEPB, sempre “sobrou dinheiro”. Obras, ações e programas não existem por falta de projetos e gestão, além da má aplicação dos recursos.
Em entrevista, o presidente da entidade representativa dos industriais paraibanos fez questão de informar a situação financeira do sistema: assumiu a presidência com R$ 55 milhões em caixa; e o montante hoje passa de R$ 95 milhões.
Sereno e comedido, Cassiano não citou nomes, mas quem esteve presente à FIEPB não tem dúvidas; as declarações tinham endereço certo: o empresário Francisco Benevides “Buega” Gadelha, que passou 30 anos à frente dos destinos da instituição.
Ele foi crítico também sobre o tratamento dispensado pelo antecessor aos associados (industriais) e colaboradores. Citou, como exemplo, o caso de um contador que servia à instituição há quase 30 anos e que nunca tinha entrado na sala da presidência (sexto andar).
O excesso de funcionários e os altos salários pagos a alguns, muitos deles sem corresponderem (não davam expediente), também vieram à tona na prestação de contas e desabafo de Cassiano.
INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO
A pauta do encontro, no entanto, não só contemplou críticas ao “Reinado de Buega”. Pereira destacou o “novo tempo” vivido pela federação, com ênfase no campo educacional.
Através do Sesi, serão construídas duas escolas: uma em João Pessoa, no bairro de Mangabeira, e outra em Campina Grande, na Prata.
O dirigente chamou a atenção, também, para a valorização dos industriais paraibanos, com destaque para as mulheres empreendedoras. Ele lembrou, inclusive, do congresso das mulheres industriais idealizado pela FIEPB.
O “Mulheres que Fazem”, inclusive, está sendo replicado pelas demais federações do país, por orientação da CNI – Confederação Nacional da Indústria.
( Redação com DaParaiba.com)



