
Os pacientes fizeram cirurgias de cataratas no HC através do programa Opera Paraíba
Pacientes seguem relatando perda total ou parcial da visão após mais seis meses do mutirão oftalmológico que deixou cerca de 29 pessoas com complicações em Campina Grande, na Paraíba. O mutirão foi realizado no Hospital de Clínicas, em 15 de maio deste ano, e 64 pessoas foram atendidas. A ação foi realizada por meio de um contrato entre a Secretaria de Saúde da Paraíba e a Fundação Rubens Dutra. O JP2 trouxe uma reportagem nesta terça-feira (18), onde aborda o drama desses pacientes e seus familiares, onde metade dos atendidos apontaram efeitos colaterais.
Uma das pacientes afetadas foi a professora Errta Rianny: “No começo passaram um colírio devido a dor e eu passei e acordei com fortes dores e sem enxergar. Eu andava como uma pessoa cega”, disse Errta que quando voltou ao hospital após o tratamento recebeu a notícia que futuramente perderia a visão.
Outro paciente identificado como Marinildo Pereira que é mecânico em Campina, também relatou o drama vivido. “O olho afetado foi o olho esquerdo o outro eu devo ter 60% da visão. No olho esquerdo eu não vejo nada”, revelou. Quem também está dependente de familiares devido ao processo cirúrgico é a professora aposentada Nauta Caetano: “Ah dentro de casa é um sufoco, pois derramo as coisas e não vejo direito”, afirmou.
A Polícia Civil segue investigando o caso, mas o inquérito segue em segredo de justiça, por isso, não poderiam comentar detalhes da investigação. Os depoimentos de profissionais que participaram dos procedimentos oftalmológicos e as vítimas começaram no dia 27 de maio. O Conselho Regional de Medicina e o Ministério Público da Paraíba também investigam o caso, mas não quiseram comentar.
ENTENDA O CASO – Pacientes submetidos a procedimentos oftalmológicos durante um mutirão realizado no Hospital de Clínicas de Campina Grande, em 15 de maio, relataram complicações graves, incluindo casos de infecção e até perda total da visão após os atendimentos. O caso já é alvo de uma investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB). O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) também acompanha a situação.
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